segunda-feira, 30 de maio de 2011

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Adivinhem só aonde estou? Acertou quem pensou em Rondônia! Pois é, AINDA! A carona que havia acertado demorou muito para sair. O caminhão logo carregou, mas pegou a nota fiscal das madeiras apenas hoje pela tarde. Às 17h e 30min minha tia disse que ele estaria partindo às 19hs. Fiquei logo todo empolgado até resolver repensar sobre a rota...


Hoje já é dia 30, ele vai chegar em Vitória da Conquista apenas no sábado (dia 04) e eu preciso estar em Maringá até dia 08 de Junho para a próxima viagem à Bolívia e Peru. Ou seja, não conseguirei ficar nem um dia direito em Ilhéus que já terei que partir de novo. Logo pensei que... Já que vou ir para a Bolívia e já que a Bolívia fica ao lado de Rondônia, porque não ficar logo por aqui? Assim economizo muita energia viajando milhares de kilômetros pelo Brasil. Claro que eu adoraria viajar isso tudo, mas acho que aproveitaria ainda mais ficando alguns dias a mais nas paradas... hehehe


Depois terei que arrumar uma maneira de dar um pulinho por lá para verificar as Universidades do interior da Bahia e do interior de São Paulo; nada que um feriado daqui e outro dali não resolvam.


Estou em Jaru e adorando ficar por aqui. Passei os últimos dois dias sem sair de casa e em frente à televisão jogando vídeo-game com meus primos! Faz tanto tempo desde a última vez que fiz isso que já nem lembro.


Enfim cada dia que passa relembro mais minha infância!


No sábado fomos ao Balneário Primavera que costumávamos ir todas as vezes em que viemos aqui pra Jaru. DELICIOSO! Um rio com cachoeiras lindas e temperatura certa para amenizar o calorão do Norte!


Vou aproveitando por aqui mais um monte!


Bjo a todos! Até breve....

Fotos Balneário Primavera

Tios: Edelma, Toninho, Bete e Nani


Primos...







Tio Genison no fundo... e dá-lhe melancia!














Precisa dizer alguma coisa?






quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Bahia que me espere!

Hoje acordei com uma ansiedade absurda! Com aquele frio na barriga que mais parecia que eu iria descer em uma montanha russa do que ir atrás de carona.


Minha família sempre diz que “Deus ajuda quem sempre madruga”, ultimamente eu to mais crente que Deus ajuda em quem acredita. Pois vejam só, desde que falei para todos aqui que eu ia embora de carona, não faltaram críticas, dúvidas e medos para cima da minha viagem. Fui o único que realmente acreditou que tudo iria dar certo. Chegou então o momento de partir.


Saí antes do almoço para o posto de gasolina que fica na beira da estrada aqui de Jaru atrás dos caminhoneiros. Logo ao chegar conversei com o único caminhoneiro parado por ali e logo já consegui minha primeira viagem. Tudo bem que ele iria só até Ji-Paraná que fica a 90km daqui, mas pra quem quer percorrer quase 4.000km não se pode perder tempo e logo aceitei. Fiquei fora do restaurante esperando ele terminar de almoçar e eis que surge minha tia dizendo que havia conseguido uma carona pra mim que vai direto para a Bahia e advinha o que mais... o caminhão vai levar madeira justo para Ilhéus que é a cidade que preciso ir!


Sabe o que eu acho? Eu acho é POUCO! =D


Voltei para casa dos meus avós e estou aqui esperando ele terminar de carregar o caminhão para partirmos hoje pela noite ou amanhã de manhã.


Atenção senhores passageiros, apertem os cintos que lá vamos nós!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Preparando o desapego

Caramba, essa família é muito grande e tem muita história! Eu fiquei incrédulo quando descobri que dois irmãos do meu avô se casaram com duas irmãs da minha vó e o mais impressionante não é as famílias terem três casamentos entre si, mas sim o fato de que eu não sabia disso até então!


Incrível também como todos nós somos muito saudosistas, neh? É só juntar algumas pessoas que não se viam há um tempinho que começam a contar todas as histórias passadas que ficaram marcadas em nossa memória. Eu descobri que era muito mais fresco do que imaginava, hahahahaha, um “cocotinha” de Rondônia!


Nós estávamos conversando aqui na casa de meus avós e chegamos a uma conclusão que eu nunca havia parado pra pensar antes, o tanto que essa família é fantástica. Ninguém fuma ou tem problemas com drogas e álcool, ninguém é brigado com ninguém e todos são muito alegres. Finalmente descobri de onde vem essa minha idiotice toda. Família é realmente muito gostoso.


Ontem fomos ao sítio dos meus tios e lá comemos um carneiro assado temperado com limão, alho, cebola, hortelã e alecrim que meu amigo... estava um repetáculo! Comi exageradamente! Depois pela tarde fiquei brincando na piscina com meus primos.


Hoje acordei com a garganta detonada pelo calor absurdo, o tempo seco e a poeira daqui; lembrei que estou tomando pouca água. Chega a hora de partir de RO também, preciso arrumar minhas malas e ir em direção à Bahia.


Fui ver os preços das passagens tanto aérea como rodoviária e descobri que a Bahia é longe heim... hahahaha de ônibus são quase R$ 500,00 para passar três dias dentro do busão e de avião teria que dar um rolo danado até chegar onde queria por R$ 700,00 e uma dia e meio de viagem. Decidi então que vou de carona mesmo. Já tracei uma rota que sai de RO, cruza o MT e passa por Palmas – TO. Se tudo der certo vai ser ótimo porque não conheço Nenhuma das cidades que passarei e sempre ouvi falar coisas interessantes de Palmas. Tenho uns amigos por lá, vou ver se consigo contatá-los.


Meta de hoje é deixar a roupa limpa, arrumar a bagagem, brincar com meus primos (pq já havia prometido a eles) e partir!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Saudosa Maloca!

De São Carlos viajei até São Paulo e de lá peguei o avião em Guarulhos com destino à Rondônia. Fazia seis anos desde a última vez que vim pra minha terra natal e já não me lembrava do quão quente é por aqui! Geselay, que calor!!! Em Porto Velho encontrei com minha prima Bruna e a minha irmã Fernanda e então pegamos um “taxi lotação” até Jarú. Claro que falamos para a família que fomos de taxi só quando chegamos por lá, até então estávamos todos bem seguros dentro de um ônibus. É óbvio também que levamos um puxão de orelha, mas nada que justificasse ficarmos esperando por mais de uma hora na rodoviária e depois ficar 5 horas viajando de bus ao invés de 3h e meia de carro.


Matamos a saudade de todos somente no outro dia (sábado), afinal havíamos chego às 21hs e por aqui todos dormem muito cedo... No sábado mesmo ocorreu a comemoração de 50 anos de casamento dos meus avós. Família INTEIRA reunida, até uma parente da Argentina veio pra festa! Foi lindo! Uma missa inteira em homenagem ao casal com direito à musicas cantadas e tocadas pelos netos (meus primos). Depois a festa para 400 pessoas foi a atração da região toda! Uma banda típica de formatura tratou de animar a galera com as músicas da déc de 80, as “Xuxas”, as “Village People” e tudo mais que uma banda de formatura tem que ter. Tem que ter? Não sou do ramo e não entendo o porquê, mas quando foi que essas bandas assinaram esse contrato em que deveriam tocar a mesma playlist sempre? Deve ser a indústria das bebidas que as patrocina, pq só com muito álcool para conseguir curtir a festa.


Mas foi tudo uma delícia a única parte ruim foi ter que fingir estar super feliz por encontrar alguém da família que você não faz idéia de quem seja. Nada que diminuísse a felicidade de reencontrar as pessoas que realmente importam e que a saudade só fazia doer! Nossa, como essa família é gostosa! Por aqui não existe tempo ruim e se por um acaso alguém chora é por ter amor demais! Que por sinal foi exatamente o que aconteceu durante os dois dias de festa, vira e mexe alguém iria falar ao microfone e fazia todo mundo chorar! E nem precisava ter descurso preparado, só o fato de pegar no microfone já emocionava alguma dúzia de pessoas.


Agora o fds acabou e só me resta aproveitar a companhia das pessoas que ainda “sobram” por aqui.

Fotos Bodas de Ouro





Meus avós, Elza e Sebastião.





sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fotos













Último dia Sanca

Acordamos todos às 7h e 30min com aquele bom friozinho, tão gostoso que chega a dar dó de sair da cama. Depois de tomados os devidos banhos e todos prontos fomos ao auditório das discussões.

O debate que se fez na Mesa Redonda pela manhã foi bastante intenso. À frente de uma platéia fervorosa e militante por habitação social no campo (professores, estudantes, representantes de assentamentos e de movimentos populares) estavam sentados na mesa uma representante do INCRA, uma representante da gerência de habitação da CAIXA e o representante do Ministério das Cidades. É claro que a coisa iria feder... Mas foi ótimo! Tivemos que sair antes do debate terminar senão perderíamos o almoço no R.U. Com a discussão que se findou ficou bastante claro como as políticas públicas estão completamente desarticuladas entre si e que quando surge algum empecilho no caminho é sempre problema de outro órgão, nunca se juntam em prol do bem coletivo. Mas, infelizmente, eu já esperava confirmar isso. O que me assustou realmente foi a incapacidade de articulação do sr. Antônio César Ramos de Oliveira que representou o MCidades no colóquio... Só deu bola fora e nunca respondia nada do que lhe era perguntado, dando opiniões com pensamentos meramente econômicos e “viciados do sistema” sem lembrar que este é o ministério que deveria lutar pelo direito de igualdade a todos os cidadãos. Foi bastante triste, afinal na universidade reina uma áurea linda ao redor do Ministério das Cidades.


Pela tarde, mais debates que não convém eu ficar escrevendo aqui. E pela noite... aconteceu uma mostra cultural, que como diria a Nina, “é maravilhoooso”! Nossa, de verdade, fiquei completamente emocionado Dois grupos se apresentaram, o primeiro foi o grupo “Vira na Fulô” da UFSCAR que fez apresentações de Cacuriá que é uma dança típica do Maranhão. Foi lindo... eles dançaram, tocaram e movimentaram a todos para uma festa linda! Logo em seguida foi impossível ficar parado com o grupo “Rochedo de Ouro” de maracatu. A energia que se formou no lugar foi tão forte que em certo momento TODOS os participantes estavam ao redor do grupo cantando, pulando e dando gargalhadas de felicidade. Quando me percebi estava rodeado de Professores Doutores, estudantes universitários, moradores de assentamentos, representantes da Caixa, do Incra, crianças, velhinhos... Enfim, nesse momento confesso que chegou a escorrer uma lágrima, tamanha a entrega de todo mundo para a dança. Nesse momento a gente vê que Brasil é Brasil em todas as classes econômicas e sociais. Não poderia ter tido melhor despedida de São Carlos!


(Eu sei que deve ter pessoas pensando: coitado desse guri que vive num mundo paralelo de fantasias. Em meio a tanta confusão a ilusão me faz bem e me dá suporte para continuar lutando por um mundo melhor... No meu mundo paralelo, entremeio aos prédios cinzentos as borboletas são coloridas e voam!)


Continuamos a beber e conversar por ali mesmo. Acabamos conhecendo mais umas pessoas, entre elas a Raquel e a Fabrícia que são duas delícias de pessoas! Quando deu 01h 30min tive que me despedir de todos e ir em direção à rodoviária. Acaba aqui minha passagem por São Carlos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Primeiro dia: Sanca

Pra variar o motorista teve que me acordar pra descer, de acordo com ele já fazia 15 minutos que eles estavam me esperando o.0 . Tive muita sorte, uma que foi a primeira vez que alguém me espera descer (não seria a primeira vez que eu desceria em pontos posteriores do meu) e outra por que para pegar o metropolitano de Araraquara pra São Carlos tive que esperar somente 10 minutos!

Mas o que eu descobri é que nem sempre autoconfiança ajuda... cheguei em São Carlos (Sanca) e fui direto pra UFSCAR para o II Colóquio de Habitat e Cidadania: Habitação Social no campo. Com meu “muchilão” nas costas, o notebook numa mão e o paletó na outra saí andando a UFSCAR inteira a procura do maldito seminário... depois de andar muuuito descobri que o evento seria na USP São Carlos! Fiquei super feliz! Hahahaha

Mas tudo ocorreu bem, cheguei exatamente no momento em que o evento estava se inciando, as discussões foram bárbaras! Minha viagem para São Carlos já tinha valido a pena.

Almocei no Restaurante Universitário da USP que é mais caro do que na UEM (R$ 2,90 estudantes e R$7,50 visitantes) só que a comida não tem nem comparação... Com opções por comidas vegetarianas e mais saudáveis (Até arroz integral tinha!), muito bom! À tarde mais debates e apresentações muito legais com direito a dois “Coffe brake’s” sensacionais. Conheci uma galera “mucho loka” da UFRN. O Filipe e a Jéssica que fazem arquitetura e urbanismo, o Luis que faz civil, o Mafra que faz ciências tecnológicas, a Adriana estuda biblioteconomia e a Marcela que eu não sei o que faz... Por sorte eles estavam instalados no alojamento dos estudantes da USP e deram um jeito de me incluir no meio. Tive muita sorte porque até então não sabia onde iria dormir e fui arrumar logo esse lugar que era de graça e cheio de estudantes receptivos. Nesse momento fiquei lembrando o que a Suzy faria se estivesse no meu lugar, afinal de contas havia chego a São Carlos às 8 da manhã e fui arrumar onde dormir só às 21hs. Acho que ela não teria sobrevivido... hahaha

Pela noite fomos numa festa na USP mesmo, era aniversário de um C.A. que, pelo o que entendi, funciona como um mini-DCE do campus. Com direito a várias bandas, show de mágica, latinhas de cerveja, manifestações artísticas e muito mais...

Durante a festa advinha sobre o que essa galera de Natal resolveu conversar??? Espíritos! Imaginem só minha felicidade! Hahahaha, mas eu acho que o susto já passou. Agora o “espírito” é rir para não chorar, sacaram o trocadilho?

Fui dormir um tanto quanto embriagado (isso pq tomei só três latinhas), morto de cansaço e extremamente feliz!


P.S. Desculpem não ter nenhuma foto ainda... juro que logo, logo providencio!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saindo de Maringá

Uma série de fatos inesperados aconteceram segunda-feira antes da viagem. Casos estes que me deixaram bastante apreensivo e com muito medo; não vale a pena entrar em detalhes, só que envolvia a possibilidade de eu enxergar algum espírito. Acredito que isso seja meu maior medo hoje em dia e por isso foi um dia bem marcante para mim. Não sei se me esquecerei dessa segunda, 15 de Maio de 2011.

Mas enfim, estou dizendo tudo isso só para entender meu estado de espírito. De segunda para terça passei muito medo, ainda mais que estava só em casa já que a Lila (minha companheira de casa) está no RJ. Pensei em desistir de viajar o tempo inteiro, mas fui me forçando a fazer tudo. Dominei meu medo e sem pensar me obriguei a ir. Acho que se tivesse pensado muito não viajaria mais. Fui à rodoviária, entrei no ônibus ainda com pressentimentos ruins.

Fiquei com vontade de ligar pra minha mãe e pra Tia Su, porém meu celular estava sem bateria. Percebi então que estava completamente só. O desespero começou a aumentar até que me dei conta de tudo o que estava acontecendo. Estufei o peito respirando fundo e pensei: Que venham os espíritos então! Agora mais do que medo eu estava com raiva.

Minha vontade de viajar era muito maior do que qualquer emoção que sentia ainda mais esta que foi implantada em minha mente e quem estava alimentando aquilo tudo era EU mesmo. Logo em seguida me senti bem mais calmo e consegui dormir.

Acordei em uma parada do GRAAL em Ourinhos, desci, fui ao banheiro e voltei a dormir no ônibus. Depois de um tempo acordei novamente e quando desci me espantei. Era a mesma parada, mas não podia ser porque já tinham se passado horas. Pensei comigo mesmo “será uma peça de Exu?”, até que um senhor me disse que estávamos em Bauru. Só aí fui perceber que todos os GRAALs são exatamente iguais!!! Me acalmei novamente e voltei ao ônibus para dormir em direção à Araraquara.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Chega o momento

Enfim se aproxima o início da viagem... coração palpitando, ansiedade tomando conta de todo o corpo; até fazer a mala está difícil com toda a expectativa que se formou. Sempre tento não esperar muito das viagens, mas essa é uma meta quase impossível pra mim. Já amo viajar por qualquer motivo e esta, em específico, vem junto de muitas possibilidades, com destinos e tempo semi-programados, nada é garantido e o único empecilho é minha própria vontade.
Logo quando comecei a imaginar essa "turnê" me veio imediatamente na cabeça o tema do Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo que aconteceu em Florianópolis em 2007: "Perca-se, Permita-se". A seguir vou colocar trechos do texto de apresentação da revista deste encontro, e é nesse espírito que tentarei me guiar nessa jornada:

"Perca-se, Permita-se

Se te propuserem fazer aquilo que mais gosta, o que faria? Quais experiências lhe foram mais instrutivas nos últimos tempos? Quais foram os avanços em sua vida? O que é pra você um trabalho coletivo? Qual o compromisso mais importante da sua vida? Já experimentou dizer "eu prefiro" em vez de "eu quero"? Qual foi sua última experiência realmente nova? Já se sentiu vulnerável a outra pessoa? O que mais aprendeu sobre si mesmo no último ano? Alguma vez já se perdoou por um erro seu? Tem acrescentado valor ao ambiente em que vive? Seria capaz de dizer o que mudaria em você? Nada?
Saia da rotina. Permita-se o diferente. O inesperado. Quem é você? e quem não é você? O novo é perigoso. A novidade é perigosa. O corriqueiro é seguro. A segurança é uma ilusão. A ilusão é outra ilusão. Busque saber o nome das pessoas. Não busque estar sempre em si. Esteja também nos outros.
Perca-se nas letras. Encontre-se nos significados. Permita-se ler tudo de traz pra frente. Tudo, de agora em diante. OMSEM ODUT ?ODANIBMOC. Difícil, né? Pior é nem poder ler. Ou nem saber. Permita-se voar. Permita-se mergulhar no estranho. Permita-se ir a um encontro sem esperar nada dele. Não se perca demais. Nem se permita de menos. Não espere respostas, encontre-as.
Encontre diariamente seu mundo. Esqueça seu mundo. O mundo é um só. Permita-se escapar de si mesmo. Fugir do trivial em busca do inusitado. Permita-se andar nu no frio de 5ºC do inverno. permita-se conhecer uma praia no inverno. Esqueça o frio. Frio é outra coisa bem pior. Permita-se erguer os dois pés do chão. Perca seu chão. Permita-se trocar todos os seus discos. Perca-se dos seus discos. Brinque de esconder consigo. Você consegue? Consegue? consigo? Destrua todos os seus paradigmas. Derrube todos os preconceitos. Perca-se da multidão. Permita-se encontrar a si mesmo. Permita-se aprender a andar novamente. Permita-se sorrir. Permita-se chorar. Perca-se em experiências realmente novas. Permita-se locomover como um cadeirante. Perca seu senso de direção. Derive. Derive. Derive..."