segunda-feira, 13 de junho de 2011

Clandestinos

Acordamos próximo das 8 da manha, tomamos café e os donos do albergue vieram me chamar para ver como que se come uma cabeça de porco. Exatamente! Eles a cozinharam e comeram no café da manha! Eu nao iria provar, só de olhar meu estômago já embrulhou, mas aí me lembrei do texto que coloquei na primeira postagem desse blog e me permiti comer um pedaço da cabeça. A sensaçao é bastante extraña, o sabor até que nao é tao ruim, mas eu jamais comeria isso logo que acordasse. Depois, Mora e eu ficamos trocando músicas brasileiras e argentinas. Ela me ensinou alguns passos de cumbia, salsa e tango, eu a ensinei um pouco de forró e depois de muuuuuito tempo um pouco de samba, hehehe. Despedimo-nos e fui à rodoviária ao encontro da Pri.


Ela já havia chego e estava sentada comendo um lanche. Isso era 12:50, a imigraçao para entrar na Bolívia fecha às 13hs. Pegamos um táxi e saímos correndo, porém cegamos lá às 13h e 02min com os portoes fechados e com R$30,00 a menos no bolso. Um boliviano veio nos oferecer a corrida até a cidade do outro lado da fronteira que é muito mais próxima da polícia federal e da imigraçao que teríamos que voltar no próximo dia. Aceitamos e ficamos clandestinos por um dia na Bolívia!


Paramos num hotel e pagamos 90 pesos bolivianos para a diária do quartoa com duas camas, ventilador, banheiro privado e televisao, isso custa mais ou menos R$ 23,00. Almoçamos no restaurante logo na esquina, preguntamos o menu que era frango, arroz, macarrao e custava 17 bolivianos, pedimos duas refeiçoes e aguardamos. Para nossa surpresa veio uma sopa de milho, amendoim com batatas e costela de boi. Achamos estranho, mas comemos felizes da vida. Quando fomos pagar a conta ele disse que era apenas 12 bolivianos as duas sopas. Ficamos contentes pelo preço, porém sem entender muito bem o que havia acontecido. Só no outro dia comprendemos que a sopa fazia parte do cardápio e era apenas a entrada! Ou seja, eu e a pri comemos a entrada e resolvemos sair do restaurante sem mais e nem menos… que vergonha!


Puerto Quijarro é uma cidade bem pequena com infraestrutura muito precária, apenas duas avenidas tem asfalto e o resto é terra com muita poeira e esgoto a céu aberto! Passeamos por ela toda e nao encontramos nada de mais. Descobrimos entao que o tempo por aquí nao passa! Parece que estamos a dias e se passou apenas uma noite, nao há nada para se fazer aquí, existe apenas uma praça bastante agradable por sinal, mas que nao resolve o problema do tempo.


Hoje pela manha saímos correndo para a fronteira pegar nosso vistos e depois compramos as passagens até Santa Cruz de la Sierra. A princípio iríamos de trem, só que hoje só tem o mais caro e luxuoso, decidimos deixar para uma próxima aventura e ir de önibus mesmo. As passagens dos que tinham ar condicionado custavam até 130 bolivianos, pesquisamos muito e depois de chorar no preço pagamos 80 bolivianos. Isso dá R$20,00 para viajar por 12 horas! É incrível como tudo sai muito barato para gente. Agora estamos só esperando dar o horário para partir de Puerto Quijarro e seguir viagem.

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