Despedi-me de todos que pude e fiquei esperando na casa de meus tios Edelma e Cláudio o caminhoneiro sair. Mal dormi durante a noite com medo de ele ligar durante a madrugada e ninguém ouvir o telefone. Levantei às 6h e 30min e fiquei com tudo arrumado só esperando. Até que a Luzia, secretária da casa, me avisou de que o telefone estava fora da tomada. Pronto! Bastou para eu já me desanimar e achar que ele já havia ido embora, eis que meu tio Toninho aparece no portão da casa gritando meu nome pra ir até o caminhoneiro que estava na casa de seus amigos me esperando. Peguei minha mala e saí voando. Almoçamos arroz e carne de porco, que estava maravilhosa, por volta das 10h e 30min e saímos exatamente às 11h e 10min.
O caminhoneiro chama-se Edivaldo, tem 48 anos, mora numa cidade vizinha a Campinas e é caminhoneiro a exatos 30 anos! Extremamente simpático e atencioso, Edivaldo me deixou muito confortável para viajar a seu lado. Tem uma esposa, dois filhos de 25 e 20 anos e uma filha de 15.
Ele trabalha há 15 anos nessa mesma empresa que transporta carros da Honda pelo Brasil todo. Desta vez levou carros para Rio Branco no Acre e para Porto Velho
A estrada em RO está péssima, o trecho que fica entre Cacoal e Pimenta Bueno especificamente está um lixo. Chegamos em Vilhena às 21h, tomamos uma banho no posto e aproveitei pra comer uma mini pizza. Logo que embarcamos começou a chover e veio em boa hora, pois não demorou e deu aquela refrescada!
Seguimos adiante até Comodoro-MT onde paramos num posto para dormir. Todo caminhão tem uma caminha atrás dos bancos que é o dormitório do motorista e para minha sorte este caminhão era uma cegonha, ou seja, transporta carros. Peguei a chave de um golzinho e dormi lá dentro! Perfeito!
Acordei umas 5h e 30min com o caminhão já andando. Estava morrendo de vontade de fazer xixi, só que como que iria avisar o caminhoneiro? Sairia eu de dentro do carro e depois andaria agarrado aos ferros até chegar a cabine com o caminhão em movimento? Claro que não, neh? Esperei até às 6h e 30min quando paramos para tomar café.
Voltei então pra cabine e seguimos viagem, conversamos sobre tudo desde política, educação no país, fim do mundo em 2012, histórias de caronas, religiões e é claro que ele tinha uma história de espiritismo para me contar, assim como todas as outras pessoas que cruzo pelo caminho! O assunto que me persegue!
Almoçamos numa biboquinha de estrada com comida caseira no fogão a lenha. Estava uma delícia a não ser pela lingüiça que fez um mal danado pra mim e pro Edivaldo... ficamos arrotando o resto da viagem toda! Ele resolveu que iria parar em Cuiabá pra consertar o ar-condicionado, porém ia ser só no outro dia pela manhã; ainda eram 16hs e eu decidi abandonar a carona, não compensava esperar uma noite inteira para andar mais 200km com ele depois. Peguei um busão até a rodoviária e esperei apenas meia hora até que meu busão com destino a Campo Grande chegou. To embarcando agora! Previsão de chegada
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